Uma melhor alimentação para viver jovem mais tempo


E se o segredo da juventude se baseasse num bom equilíbrio alimentar?
Introduzir no nosso dia a dia mais alimentos e suplementos anti-idade e consumir regularmente alimentos saudáveis e frescos pode ser o meio mais eficaz de nos mantermos jovens e saudáveis. Se o envelhecimento é inelutável, a qualidade de vida pode ser melhorada por algumas medidas preventivas, das quais a mais importante é a alimentação.

Estudos científicos demonstrando este princípio não faltam hoje em dia, monstrando o interesse nutricional deste ou aquele alimento ou suplemento alimentar. Os vários exemplos de longevidade no mundo corroboram estes estudos e pesquisas. Como por exemplo a alimentação Japonesa que comporta um consumo abundante de soja e seus derivados, peixe, peixe cru e alguns cereais integrais. Um cocktail de vitaminas e minerais deve ser incluído diariamente nos nossos hábitos de forma a permitir lutar contra os efeitos nocivos do envelhecimento das células. O Zinco bem como o selénio são muito importantes para a manutenção do sistema imunitário. O cérebro para funcionar bem e evitar perdas de memória precisa essencialmente de lecitina, arginina, fosfatidilserina, gingko biloba e de vitaminas do grupo B, especialmente B1, B3 e B12.

Estes elementos participam na fabricação dos glóbulos vermelhos, melhoram o sistema nervoso e estimulam as funções cerebrais, combatem o stress e depressão. Tomas de vitamina C e betacaroteno também evitam o envelhecimento cerebral. Os antioxidantes limitam os danos e ataques dos radicais livres. A fosfatidilserina e vitamina E também conseguem evitar a progressão da doença de Alzheimer. A prevenção da osteoporose passa por uma boa suplementação de cálcio, proteínas e vitamina D. Esta vitamina intervém no processo de absorção do cálcio e fósforo pelo intestino.

Tem um papel de grande importância na consolidação dos ossos. Os probióticos são as boas bactérias para a nossa saúde e o seu consumo regular é também indispensável para melhorar o trânsito intestinal e prevenir os problemas ligados à utilização de antibióticos e às infecções gastro-intestinais. Hoje em dia sabemos também como é importante para a saúde cardiovascular o consumo de Ómega 3 e 6. O que são estes ácidos gordos? Pertencem à família dos lípidos onde segundo as ligações que os unem se fala de ácidos gordos saturados (AGS) ou de ácidos gordos monoinsaturados (AGMI) ou ácidos gordos polinsaturados (AGPI), também chamados essenciais. O homem não pode sintetizá-los e devem ser fornecidos pela alimentação ou suplementação. Hipócrates, considerado o pai da medicina tinha razão quando afirmava que uma alimentação equilibrada é o segredo da saúde e longevidade.

O chá verde um preventivo dos problemas de memoria e da doença de Alzheimer


A lista de benefícios do chá verde não pára de crescer desde que foram consagrados vários estudos às suas virtudes terapêuticas. Pesquisadores japoneses constataram o seu papel na prevenção da disfunção cerebral, nos problemas da memória, compreendendo a doença de Alzheimer e patologias do envelhecimento. O chá verde, ou seja o chá que não é nem fermentado, nem fumado, nem prensado, tem numerosas propriedades medicinais e publicações de todas as origens enaltecem os seus benefícios para a saúde, nomeadamente na prevenção do cancro e das doenças cardiovasculares. Recentemente descobriu-se que contribui também para a prevenção das doenças ditas degenerativas.

O Chá Verde e o Cancro
Voltemos a falar das propriedades anticancerosas do chá verde, afim de actualizar os dados. Sabe-se hoje, graças a diferentes estudos, como ele actua. Um certo número de substâncias cancerígeneas (fumo de tabaco e as dioxinas nomeadamente) ligam-se a uma molécula chamada AH, o que lhes permite atacar de seguida a célula saudável e de a transformar em célula cancerosa. Durante os testes feitos em ratos, os pesquisadores concluíram que dois produtos encontrados no chá verde, o EGC e EGCG (o EGC e o EGCG são muito próximos de outros flavonóides aos quais são atribuídas igualmente as propriedades anticancro, presentes nos brócolos, na couve, nas uvas e no vinho tinto). Impedem as substâncias cancerígenas de se ligar à molécula AH, o que deveria proteger a célula sã. Resultados preliminares indicam que deverá ter o mesmo efeito nos humanos.

Um aliado das faculdades cerebrais
Com o aumento da média de vida, os casos de doença de Alzheimer e de patologias similares aumentam. Esta doença provoca problemas de memória e das faculdades intelectuais, ditas “faculdades cognitivas” que se agravam com o tempo. Vários factores estão sem dúvida em causa, nomeadamente a poluição, especialmente pelo alumínio, uma má higiene de vida, carências nutricionais. Vários trabalhos publicados recentemente demonstram que o chá verde contribui para a prevenção desta doença. Um estudo recente Japonês publicado no American Journal of Clinical Nutrition, feito em pessoas de idade por Shinichi Kuriyama, da escola de medicina da Universidade Tohoku, demonstrou que beber mais de 2 taças , ou seja cerca de 200ml de chá verde por dia, reduziria em metade os riscos de demência ou de doença de Alzheimer. A redução do risco foi praticamente nula nos participantes que consumiram duas taças de café ou de chá preto, referem os investigadores. É portanto bom consumir chá verde para que continui activo e em plena forma. Para compreender o papel do chá verde sobre a actividade cognitiva humana, um outro estudo Japonês realçou o consumo de seis bebidas diferentes: chá verde, chá preto, chá Oolong, café, bebidas à base de cola e sumos de legumes naturais, em 1003 japoneses de idade avançada, com cerca de 74 anos em média. Os investigadores mediram as suas capacidades cognitivas: memória, atenção e discurso, utilizando um teste comprovado e constataram que o consumo de chá preto, de chá Oolong ou café não tem qualquer impacto sob as faculdades cognitivas dos sujeitos. O interesse destes investigadores é que são os primeiros estudos clínicos que permitem estabelecer uma relação significativa entre o consumo de chá verde e a preservação das faculdades cognitivas nas pessoas idosas. De facto a demência senil e as doenças neurovegetativas, das quais a doença de Alzheimer é a expressão mais corrente, são bastante menos frequentes no Japão, onde se consome tradicionalmente muito mais chá verde do que na Europa ou nos Estados Unidos. E qual a razão desta acção? Uma equipa do Centro de pesquisas sobre plantas em Newcastle, descobriu que o chá verde, e numa menor proporção o chá preto, inibe a actividade cerebral das enzimas intervenientes no processo da memória. Os investigadores atribuem estes benefícios do chá verde aos polifenóis do chá e às catequinas especificas das suas folhas. O chá verde contém cerca de 67,5 mg por 100 ml e o chá preto cerca de 15,5 mg. Por outro lado os ensaios indicam que estas substâncias têm um efeito neuroprotector que pode explicar os melhores resultados dos grandes consumidores de chá verde aos testes de avaliação das faculdades cognitivas. O chá verde inibe a actividade de uma enzima que quebra as moléculas de um neurotransmissor; ora na doença de Alzheimer, constata-se uma diminuição deste neurotransmissor. O chá verde contribui também para diminuir a butirilcolinesterase, presente nos depósitos proteícos do cérebro dos pacientes afectados pela doença de Alzheimer, e parece bloquear a beta-secretase, que contribui para a produção destes depósitos.

Benefícios gerais do chá
  O chá é a segunda bebida mais consumida no mundo, depois da água. Estima-se em mais de 3.000 o número de variedades de chá, provenientes todos da mesma planta, a Camellia sinensis, de origem chinesa. É o ambiente, o terreno, a altitude, a época da colheita e o modo de transformação que modificam a aparência e a qualidade do chá. O mais especial (e o mais caro) é certamente o chá branco. Proveniente dos rebentos mais extremos da planta, não sofre praticamente manipulação e tem um gosto dos mais refinados. Os investigadores demonstram que os chás pouco transformados são melhores para a saúde que os chás fermentados, semi-fermentados, fumados, comprimidos, etc. Relembremos que 100g de chá verde seco contèm: 300 mg de vitamina C (que desaparece em grande parte com o calor), 100 mg de vitamina E, 11 mg de vitamina B, 15 mg de betacarotene (provitamina A), 35% de polifenois (antioxidantes), 1% de clorofila, 3% de cafeína, Os chás pretos, semi-fermentados ou fumados têm uma concentração em vitaminas e polifenois bastante menor que os chás verdes ou chás brancos. Em medicina tradicional chinesa, qualificam-se os sabores do chá amargos e a sua natureza de doce e fresca. Os meridianos sobre os quais age são o coração, o fígado, o estômago, a bexiga e o intestino grosso. O chá permite clarificar a cabeça, os olhos, eliminar a agitação, dissipar a estagnação de alimentos, atenuar os danos de excesso de álcool, favorecer a diurese (eliminação de urina), parar a diarreia, dissolver as mucosidades. A medicina tradicional chinesa indica também as contra-indicações de um consumo exagerado de chá: gravidez e aleitamento, insónia, obstipação, micções frequentes e abundantes, emissão de urina mais de noite que de dia. In “Medecine Douce” Julho 2006