Esta Coenzima Q10 foi descoberta no ano de 1957 pelo professor Fred L. Crane e os seus colegas na University of Wisconsin-Madison, sendo pouco tempo depois a sua estrutura relatada por Karl Folkers.
Esta, também conhecida como Ubiquinona, consiste numa benzoquinona cuja presença pode ser detetada em quase todas as células do organismo e que tem uma participação ativa nos processos de produção de trifosfato de adenosina (ATP – um nucleotídeo cuja responsabilidade é o armazenamento de energia).
Como Obter a Coenzima Q10
A citada coenzima pode ser obtida através de uma alimentação normal ou através de suplementos alimentares, embora se saiba que esta também pode ser produzida de forma endógena.
A carne e o peixe são elementares fontes de Q10 podendo ser encontrada igualmente nos cereais como a soja, nozes e vegetais, como é o caso dos espinafres e dos brócolos.
É uma substância lipossolúvel também conhecida como vitamina Q10 e a sua absorção acontece no intestino delgado sendo influenciada pela presença de alimentos e bebidas.
Composião química da Coenzima Q10 (Autor: Imagem em domínio público)
Composião química da Coenzima Q10 (Autor: Imagem em domínio público)
A sua absorção é mais eficiente na presença de alimentos ricos em lípidos, após a qual é transportada para o fígado onde é integrada nas lipoproteínas e concentrada nos tecidos.
A sua maior concentração nos tecidos humanos atinge seu maior valor por volta dos 20 anos notando-se uma diminuição com o avançar da idade.
Presença da Coenzima Q10 é Fundamental
Uma vez que esta coenzima é responsável pela produção de ATP e pelo consequente armazenamento de energia os órgãos como o coração, o cérebro, os rins e o fígado apresentam maiores concentrações da referida coenzima.
Um nutriente fundamental para a produção de energia nas células e um magnífico antioxidante na conservação de um coração saudável, as doses diárias de 50 miligramas ou mais permitem uma maior proteção cardiovascular e antioxidante em comparação com uma dose diária inferior a 30 miligramas.
A falta da CoQ10 no organismo leva ao aparecimento de sinais e sintomas associados à falência cardíaca congestiva, doença isquêmica do coração, cardiomiopatia, hipertensão, hipertiroidismo e cancro de mama.
Os estudos realizados ainda não determinaram se é a falta da coenzima que leva ao aparecimento da doença ou se é a doença que causa diminuição dos valores da coenzima.
Coenzima Q10 e as Doenças
É do conhecimento científico que a Coenzima Q10 apresenta benefícios para o organismo uma vez que:
Ajuda a garantir um perfil normal de lípidos.
Melhora a utilização do oxigénio melhorando também os seus níveis no sangue.
Em casos clínicos de hipertensão, esta renova a biogenética melhorando a condição funcional da pessoa.
Em situações de insuficiência cardíaca congestiva ela vai corrigir a disfunção diastólica.
No enfarte do miocárdio, apresenta a capacidade de diminuir as altas concentrações dos níveis da Lipoproteína-A Trombogênica. Devido às suas capacidades anti-oxidantes diminui também os danos causados nos tecidos pela isquémia e reperfusão.
A Coenzima Q10 ajuda no tratamento de algumas doenças mitocôndriais e metabólicas raras.
Nas doenças neurodegenerativas tem vindo a ser usada diminuindo o processo degenerativo.
Impede os danos causados pelos radicais livres nos tecidos que são submetidos ao tratamento de cancro tradicional.
Nas reações alérgicas inibe a produção da histamina.
Ajuda na síntese da energia nas mitocôndrias auxiliando na mobilidade dos espermatozóides e nas atividades dos seus antioxidantes impedindo a peroxidação lipídica.
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