A meio da manhã ou a meio da tarde, embora se tenham feito
as três refeições recomendadas, a fome ataca porque, na prática, podem existir
circunstâncias, como o exercício superior ao previsto ou a obsessão pela
comida, que condicionam esses momentos. Esta situação complica-se nas pessoas
que praticam um regime de calorias medidas, ao ponto de a hipoglicémia poder
acabar com as melhores intenções.
Para as ocasiões em que se sente vontade de comer uma
sanduíche, existe uma série de maneiras de iludir o apetite, vulgarmente
designada por “mata-fome”, que vale a pena conhecer para ultrapassar o
problema. O “mata-fome” mais simples, barato e à mão em qualquer ocasião é a
água; um bom copo de água dura pouco no estômago, mas pode dar bom resultado pela
sensação de saciedade que produz, e se se lhe adicionar um sumo de limão,
toranja ou maçã, ainda melhor. Se, ao mesmo tempo, se comer uma tablete de
proteínas, o grau de saciedade pode aumentar.
Muitas pessoas não encontram outra forma de travar a fome a
não ser através da ingestão de algo doce: um pacote de açúcar, bolachas, etc..
Com efeito, é provável que tirem o apetite, mas o açúcar tem um efeito de boomerang, porque passa rapidamente para
o sangue, força a saída da hormona insulina e, de seguida, repete a situação. O
mesmo não se pode dizer acerca da ingestão de açúcares de absorção lenta, como
o pão, o arroz, a massa, os cereais, as tabletes energéticas com estes
componentes, que fazem com que o açúcar chegue lentamente ao sangue, mantendo a
taxa de glucose dentro dos números normais.
Um “mata-fome” válido é o queijo fresco, ou os queijinhos
brancos magros que, ao dispor no frigorífico, são comidos às colheres; cumprem
a sua função e, além disso, alimentam.
As verduras cruas também constituem um excelente
“mata-fome”, sem perigo de exceder o número de calorias. Antes da refeição, ou
a meio da manhã, pode-se petiscar cenoura, rabanetes ou um raminho de aipo. São
pouco calóricos, saciam e, como têm muita fibra, actuam adequadamente.
Também a fruta é interessante para acalmar a fome num
momento de “perigo”. Pode comer-se antes da refeição, sem efeitos especiais
sobre o emagrecimento. De entre as frutas que gozam de grande categoria
encontram-se as maçãs e outras pouco calóricas, como as cerejas, os morangos,
as peras ou as ameixas. Mas cuidado, porque se se abusar da fruta pode-se vir a
engordar.
Um ovo cozido sem sal também permite aguentar a fome,
uma vez que a sua permanência no estômago é de uma ou duas horas. O ovo é uma
mina de saúde e é rico em nutrientes.
Os batidos de proteínas, feitos à base de pó ou
líquido com água ou leite magro, podem ser úteis como “mata-fome” e até
substituir uma refeição. São tristes no sabor e, se ingeridos com frequência,
corre-se o risco de perder o prazer em comer.
Outro aperitivo interessante, com muito poucas calorias, é o
sumo de tomate que, enriquecido com uma colherzinha de azeite virgem,
constitui uma bebida extraordinariamente saudável e muito pouco calórica.
Umas bolachas de farelo com um copo de água, ou umas
cápsulas de algas, também com água, são as rainhas do “mata-fome”. Além disso,
o farelo ajuda a movimentar o intestino. As preparações de farmácia à base de
mucilagens e pectina também são muito eficazes, uma vez que se comportam como
esponjas no estômago. Além disso, enganam o centro da fome situado no cérebro,
enviando-lhe sensações de saciedade. Mas, como em relação a tudo, deve
manter-se um certo equilíbrio e não abusar, não cortando demasiado o apetite em
detrimento do equilíbrio orgânico.
Por fim, há que referir que o melhor para se sentir
equilibrado e não ter apetite entre as refeições consiste em comer cinco vezes
por dia, fazer pequenas refeições, com proteínas, fibras e água suficiente, que
evitam os sinais de alarme.
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