O testemunho da C.

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A C. teve “alta” da consulta há uns dias, e foi com emoção – confesso, que li esta carta que me enviou e permitiu que fosse partilhada.


 


2015, janeiro


 


As razões para se procurar um acompanhamento de um nutricionista são várias, mas o objetivo bate sempre no mesmo: conseguir manter uma dieta variada, rica, equilibrada, que nos faça bem e, mais importante do que isso, conseguir aprender a apreciar a maravilha que é comer.


Foi em janeiro de 2014 que entrei em contacto com a doutora Ana. Já há cerca de um ano a essa parte que acompanhava as suas publicações – desde receitas a dicas, identifiquei-me desde sempre com a sua forma de pensar – e a questão de serem consultas on-line foi um ponto crucial para mim: foi difícil assumir para mim própria que precisava de ajuda e, portanto, estar atrás de um ecrã levava a que eu conseguisse abrir-me a 100% com a Ana.


A primeira conversa surgiu numa janela do skype. Linhas orientadoras foram traçadas, sempre na ótica de que conseguiríamos, enquanto equipa, atingir o objetivo. Esta noção de que era um trabalho conjunto, de que não estava sozinha nesta luta, foi muito importante. Embora sempre tivesse tido uma forte apoio familiar (o qual muito valorizo e me sinto grata por tê-lo), aperceber-me que havia alguém “de fora” a acreditar em mim fez com que eu começasse a acreditar também.


Tudo começou no verão de 2013. Emagreci cerca de oito quilos num espaço de três meses. Sem dietas, nem consciência do que estava a acontecer, comecei a ir-me abaixo. Olhando agora para trás, pouco comia. Evitava comer, só comia quando ganhava fome. Esse apetite foi-se perdendo, as vezes que comia foram escasseando e cheguei um pouco abaixo dos 44 quilos. Na minha cabeça não era pouco. E, na verdade, o número não é alarmante. Mas a situação era. E a ajuda veio na altura certa.


Não dei pelo tempo passar, na verdade. Inicialmente, todos os meses conversámos (depois os períodos entre as consultas foram-se tornando maiores – e o desafio também), os ajustes foram-se fazendo, fui ganhando apetite e curiosidade em procurar novas receitas e voilà: uma nova C., saudável e vejam só(!): começo a gostar de cozinhar – o que detestava. Voltei a fazer exercício, que sempre me deu muito prazer (mas que nem para isso sentia forças), e sinto-me cada vez mais segura do caminho que piso.


Um ano depois, apercebo-me da real e decisiva importância do acompanhamento extraordinário e fiel da Ana: fez-me levantar e ajudou-me a começar a andar, de novo. Como a própria diz, foi a minha bengala. Uma querida, na verdade. Sem nunca apontar o dedo, julgar, conseguiu com que eu percebesse o quão errada andava e, melhor do que isso, conseguiu com que eu ficasse certa. Por isso, e por tanto mais, um sincero e merecido Obrigada, Ana, bem-haja. E a todos vós, que atravessam semelhante situaçã: Não sou mais do que vocês, portanto: se eu consegui, vocês também conseguem. Parafraseando Ana Ribeiro, “vamos equipa”!


 


C. M. C.

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