Colesterol: A solução está no prato

Nada mais eficaz que uma mudança na alimentação para baixar a taxa de colesterol. Inútil é de suprimir todas as gorduras, arrisca-se a fazer mais mal que bem. Só necessita de as conhecer e de doseá-las bem.


Uma boa noticia sobre a luta contra as doenças cardiovasculares: se a alimentação é o problema mais grave da prevenção e tratamentos, bastará adoptar uma alimentação simples e equilibrada. As pessoas de risco devem reduzir o consumo de carnes gordas e de queijo e aprenderem a equilibrar as gorduras escondidas nos seus pratos. Diminuindo o consumo de gorduras saturadas (carnes, queijo, charcutaria, pastelaria…), faz baixar a taxa de colesterol sanguíneo. Sobretudo se, ao mesmo tempo reequilibrar com alimentos ricos em ácidos gordos insaturados (azeite virgem, peixe, avelãs, nozes, abacate…). Diminuir não quer dizer eliminar, dado que idealmente as gorduras deveriam representar um aporte energético de 30 a 35%.


Atenção, riscos de carência


Suprimir as gorduras é potencialmente perigoso, alerta o Dr. Marie-Claude Bertière, nutricionista no Hospital Bichat, em Paris. Esta medida pode levar a deficiências em proteína, cálcio e vitaminas, preocupantes quando se envelhece.” Certos regimes pobres em gordura podem ter, além disso, o efeito inverso que o desejado, resultando num queda rápida do bom colesterol. Desnecessário, além disso, de se preocupar, depois dos 70 anos, de taxas de colesterol que ultrapassam ligeiramente o limite superior. Muitos estudos como o realizado com a população de Framingham, vila americana situada ao pé de Boston, mostra que a relação entre colesterol e risco coronário diminui, depois desta idade.


É tudo uma questão de equilíbrio


Em contrapartida, puseram em evidencia o facto que a mortalidade seria mais elevada com taxas de colesterol demasiado baixas. O Dr. Mari-Claude Bertière dá a seguinte explicação: “É necessário lembrar que o colesterol é indispensável à vida. Deve estar presente nas membranas celulares para que estas assumam correctamente as suas funções de troca e de defesa.” Assim, baixando o colesterol muito, correrá o risco de alterar as funções vitais. Com ou sem colesterol, a mensagem é clara: basta seguir as regras de uma alimentação equilibrada para ter maiores chances do seu lado e de se proteger contra a aterosclerose, enfarte e acidente vascular cerebral. Esta estratégia será ainda mais eficaz se praticar uma actividade física regular.



Colesterol: A solução está no prato

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